Novas tecnologias e restrições à liberdade pessoal: a vigilância com dispositivos eletrônicos do imputado submetido a medidas cautelares

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22197/rbdpp.v5i3.289

Palavras-chave:

Vigilância eletrônica, liberdade pessoal do imputado, medidas cautelares.

Resumo

O artigo evidencia a ambiguidade das relações entre a vigilância com dispositivos eletrônicos do imputado submetido a medidas cautelares e o princípio da restrição mínima à liberdade pessoal, dissipando o frequente estereótipo em relação à idoneidade de tais dispositivos para reduzir o encarceramento. No entanto, a contínua evolução técnica dos dispositivos de vigilância corre o risco de degradar a dignidade da pessoa. Outra questão pertinente refere-se ao tratamento a que se submete o imputado no caso em que a administração pública não é capaz de garantir um número suficiente de dispositivos eletrônicos. A conclusão é no sentido de que, se não houver aparelhos disponíveis, o juiz terá que determinar a medida de prisão domiciliar, menos aflitiva em relação à prisão em um instituto penitenciário, para não violar a proibição de excesso na restrição da liberdade pessoal.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Daniele Negri, Università degli Studi di Ferrara
    Professore ordinario di Diritto processuale penale.

Referências

ALBRECHT, Hans-Jörg; ARNOLD, Harald; SCHÄDLER, Wolfram. Der hessische Modellversuch zur Anwendung der „elektronischen Fußfessel“: Darstellung und Evaluation eines Experiments. In: Zeitschrift für Rechtpolitik, v. 33, p. 466-469, 2000.

APRILE, Stefano. Il sistema per il controllo elettronico delle persone sottoposte alla misura degli arresti domiciliari previsto dall’art. 275-bis, c.p.p.: “braccialetto elettronico”. L’esperienza del Gip di Roma. In: Rassegna penitenziaria e criminologica, n. 2, p. 47-71, 2013.

BASSI, Alessandra; VON BORRIES, Christine. Il braccialetto elettronico fra luci ed ombre. In: Cassazione penale, n. 9, p. 3127-3139, 2016.

BASSI, Alessandra; VON BORRIES, Christine. Il braccialetto elettronico: un dispositivo dimenticato. Disponibile in: www.questionegiustizia.it, 12 dicembre 2013.

BLOZIK, Michael. Subsidiaritätsklauseln im Strafverfahren. Göttingen: Universitätsverlag Göttingen, 2012. https://doi.org/10.17875/gup2012-143.

CASSIBBA, Fabio. L’indisponibilità del “braccialetto elettronico”: le Sezioni Unite escludono automatismi decisori ma residuano dubbi. In: Processo penale e giustizia, n. 5, p. 175-182, 2016.

CESARIS, Laura. Dal panopticon alla sorveglianza elettronica. In: BARGIS, Marta (a cura di). Il decreto “antiscarcerazioni”. Torino: Giappichelli, 2001, p. 49-79.

GRASSIA, Rosa Gaia. Il braccialetto elettronico: uno strumento inespresso. Quando la tecnologia è al servizio dell’uomo, ma la copertura finanziaria non è al servizio della tecnologia. In: Archivio penale (web), n. 3, 2015.

HASSEMER, Winfried. Sicherheit durch Strafrecht. In: Strafverteidiger, p. 321-332, 2006.

HAVERKAMP, Rita. Das Projekt „Elektronische Fußfessel“ in Frankfurt am Main. In: Bewährungshilfe, n. 2, p. 164-181, 2003.

KAISER, Anna. Durch Schritt und Tritt – die elektronische Aufenthaltsüberwachung: Entwicklung, Rechtsgrundlagen, Verfassungsmäßigkeit. Wiesbaden: Springer, 2016. https://doi.org/10.1007/978-3-658-14347-3.

KRAHL, Matthias. Der elektronisch überwachte Hausarrest. In: Neue Zeitschrift für Strafrecht, n. 10, p. 457-461, 1997.

LEONARDI, Fabrizio. La sorveglianza elettronica come alternativa al carcere: l’esperienza europea. In: Rassegna penitenziaria e criminologica, n. 2, p. 79-124, 2013.

MAIWALD, Manfred, § 100a StPO. In: WASSERMANN, Rudolf (a cura di), Alternativkommentar zur Strafprozeßordnung. Neuwied: Luchterhand, 2a ed., v. II, tomo I, 1992.

MARZADURI, Enrico. Commento all’art. 16 d.l. 24 novembre 2000, n. 341 – Efficienza della giustizia. In: La legislazione penale, n. 1-2, p. 445-453, 2001.

NEGRI, Daniele. Il processo penale come scriminante. In: Revista brasileira de ciências criminais, v. 101, p. 13 -50, 2013.

NEGRI, Daniele. La regressione della procedura penale ad arnese poliziesco (sia pure tecnologico). In: Archivio penale, n. 1, p. 44-54, 2016. https://doi.org/10.12871/97888674166084.

NEGRI, Daniele. Tecniche di riduzione della custodia in carcere ad extrema ratio. In: CHINNICI, Daniela (a cura di). Le misure cautelari personali nella strategia del “minimo sacrificio necessario”. Roma: Dike, 2015, p. 39-70.

VALENTINI, Elena. Arresti domiciliari e indisponibilità del braccialetto elettronico: è il momento delle Sezioni Unite. Disponibile in: www.penalecontemporaneo.it, 27 aprile 2016.

VIGANÒ, Francesco. Terrorismo, guerra e sistema penale. In: Rivista italiana di diritto e procedura penale, n. 2, p. 648-703, 2006.

Publicado

31.10.2019

Edição

Seção

DOSSIÊ: Novas tecnologias e processo penal

Como Citar

Negri, D. (2019). Novas tecnologias e restrições à liberdade pessoal: a vigilância com dispositivos eletrônicos do imputado submetido a medidas cautelares. Revista Brasileira De Direito Processual Penal, 5(3), 1255-1275. https://doi.org/10.22197/rbdpp.v5i3.289